“É nosso”, gritou Otávio Kaxixó ao ser chamado para receber o diploma da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na noite desta sexta-feira (17). Vestido com um cocar na cabeça e segurando um maracá, ele foi até o microfone e iniciou o seu discurso.
“Aos que não me conhecem, sou indígena do povo Kaxixó, pertencente à aldeia Capão do Zezinho, localizada na região Centro-Oeste mineira”, disse.
A menção ao seu povo e a localização precisa é uma demonstração de representatividade e resistência. Nascido em uma aldeia às margens do Rio Pará, no município de Martinho Campos, onde vivem cerca de 90 kaxixós, Otávio, de 30 anos, é o primeiro indígena da sua etnia a se formar em medicina.
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