É mais do que uma história de superação, é uma virada de transformação, de uma vida de dor e luta. Aos 62 anos, a mãe Míriam Duarte conquistou o mestrado, após perder dois filhos na Febem, antiga instituição destinada a crianças e adolescentes infratores de São Paulo.
Míriam fundou a Amparar (Associação de Amigos e Familiares de Presos/as), referência para as famílias cujos filhos estão em regime fechado e precisam de apoio. De onde vem essa força? Da transformação da dor em reação e combate.
Jhones, Michael e Miguel, filhos de Míriam, passaram pela Febem (atual Fundação Casa). Desde então, ela se uniu às “Mães da Febem” na briga por direitos fundamentais aos adolescentes apreendidos. Ela defendeu há pouco a dissertação no mestrado, na Universidade Federal do ABC: “Os Efeitos e Impactos da Política Prisional no Cotidiano das Mulheres Familiares de Encarcerados/as. Ser família de preso é crime?”.
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