Alvo de um pedido de CPI na Câmara Municipal de São Paulo por causa do serviço social que realiza com pobres e famintos no Centro da capital paulista, o padre Júlio Lancelotti disse nesta quinta-feira (4) que “criminalizar trabalho com população de rua e dependência química é tentar tirar o foco da questão da Cracolândia”.
Em entrevista à GloboNews, o coordenador da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo ironizou a tentativa do vereador Rubinho Nunes (União Brasil) de investigá-lo pelo trabalho social na distribuição de comida e roupas para as pessoas famintas da região central da cidade.
“A gente tem que entender o problema na complexidade que ele tem. Quando dizem que a Cracolândia existe por causa de mim, eu sempre penso: ‘se eu morrer hoje ou amanhã, a Cracolândia vai desaparecer?’. Se eu sou a causa, é tão fácil de resolver. É só eu morrer que acabou a Cracolândia. Não tem mais...”, declarou.
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