Fenômeno regularmente comparado a Bolsonaro e Trump, ultraliberal Milei liderou bem-sucedida campanha antissistema com propostas de redução drástica do Estado, mas também levantou temores de virada autoritária no país.Em meio a uma severa crise econômica, os eleitores da Argentina optaram neste domingo (19/11) pela ruptura numa eleição histórica. Com um discurso antissistema e propostas radicais para economia, o ultraliberal populista Javier Milei conquistou a Presidência, marcando uma reviravolta profunda no cenário político nacional e escancarando o descontentamento da população com a situação atual do país. Com Milei, a Argentina entra na onda de ultradireita que sacudiu países como EUA e Brasil a partir da segunda metade dos anos 2010.
Com 95,31% das urnas apuradas, Milei havia somado 55,78% neste segundo turno, contra 44,21% de Sergio Massa, o candidato governista neste pleito e atual ministro da Economia, que no final não conseguiu contornar a insatisfação dos argentinos com a crise e a inflação fora de controle.
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