A morte é feia.
Alain Delon era lindo na juventude, e ainda se mostra agora, passado o tempo, um senhor dotado de glamour, charme e traços fisionômicos bonitos aos 86 de idade. É homem vivido e experiente nas alegrias e tropeços da fama, dos desejos, dos amores e da riqueza, recuperado de um acidente vascular cerebral e de uma cirurgia cardíaca. Gosta de champagne e da companhia de cães. Anda de bengala, mas nele tudo lhe dá um ar de elegância. Rostos lindos envelhecem, e em Alain Delon ficaram todas as pistas de que ali, um dia, a beleza o esculpira. Ele, quando jovem, jamais suportou a ideia de que um dia envelheceria. Dizia, então, precoce e narcisicamente preocupado: “maldição! O rosto muda”.
A morte é antiestética.
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