Foto: Carlos Mendonça
Um dos cenários mais conhecidos e fotografados da Fundação Museu Mariano Procópio (Mapro), o Chafariz da “Escola Agrícola União e Indústria”, teve a restauração de sua escultura em ferro fundido e a recomposição de sua bacia de lâmina d`água concluída nesta semana.
Instalado no jardim suspenso, de frente para o prédio histórico “Mariano Procópio”, o trabalho teve um valor de cerca de R$ 76 mil e foi viabilizado com recurso do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A restauração foi iniciada em outubro do último ano e realizada pela empresa mineira Cantaria Conservação e Restauração Ltda.
Os anjos esculpidos no chafariz representam as diversas etapas da agricultura, do plantio à colheita. Pertencente à Escola Agrícola União e Indústria, fundada por Mariano Procópio e inaugurada por Dom Pedro II em 1869, o equipamento foi transferido para o parque do museu na década de 70 por Geralda Armond, então diretora da instituição.
“O restauro sempre nos traz muitas curiosidades sobre a peça. No caso do chafariz, redescobrimos os cílios, as pupilas dos anjinhos e até os detalhes das unhas, por exemplo”, explica o diretor-superintendente da Mapro, Antônio Carlos Duarte.
De acordo com o diretor-superintendente, tanto o Chafariz da “Escola Agrícola União e Indústria” quanto o repuxo “Tritão”, localizado na entrada do prédio da Villa Ferreira Lage, conhecida como “Castelinho”, foram fabricados pela antiga Fundição Val de Osne, da França. “Na capital do Rio de Janeiro é muito comum encontrarmos as peças de ferro fundido da ‘Val de Osne’. Depois da França, o Brasil é o país que mais possui esculturas da fundição”, complementa Antônio Carlos. Nos próximos dias, está previsto o início do projeto de restauração de dez oratórios do acervo do museu, que possui cerca de 53 mil objetos de valor histórico, artístico e científico.
Visita técnica
Nesta quarta-feira, 13, o futuro secretário de Turismo da gestão da prefeita Margarida Salomão, Marcelo do Carmo, foi até o museu conferir a restauração do chafariz e fazer uma visita técnica ao local. Acompanhado pelo diretor-superintendente da Mapro, o secretário teve a oportunidade de conhecer locais dos prédios históricos como o torreão e o porão do “Castelinho”, e a reserva técnica do prédio Mariano Procópio, onde atualmente se encontram a maior parte do acervo da fundação.
“Temos um equipamento de suma importância, com um imenso potencial turístico que precisa ser restaurado e reaberto ao público. Precisamos procurar parcerias e elaborar projetos, com o envolvimento de diversas secretarias da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). O Museu Mariano Procópio tem visibilidade e importância nacional e deve ser reconhecido como tal”, ressaltou o secretário.
Fonte: PJF
Foto: Carlos Mendonça